AVB deixa aviso: «Não nos venham cobrar execuções fiscais à pressa»

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24-03-2024 10:01

Continua a troca de argumentos entre Pinto da Costa e André Villas Boas. Depois do atual presidente dos dragões ter dito, na última quinta-feira, que Jorge Mendes foi um dos «aliados» do clube no alargamento dos prazos para efetuar pagamentos, o candidato às eleições do próximo mês de abril deixou bem clara a sua posição relativamente ao mesmo assunto. «Esperemos que, quando esta direção tomar posse, que determinado grupo e núcleo de senhores deste universo muito próximo do presidente não nos venham cobrar execuções fiscais à pressa, porque a direção mudou», iniciou, em declarações proferidas em Arouca. «Isto tem tudo a ver com capacidades ou incapacidades de tesouraria para cumprir com as obrigações do clube. Infelizmente, agora, numa situação como esta, já estamos perante esses cenários. Isso é uma questão que me preocupa. Esta candidatura, do ponto de vista do futuro, defende que o FC Porto tem que trabalhar com todos os agentes», garantiu. «Esperemos que, quando esta direção tomar posse, esses senhores, deixados para trás, mas em privilégio e em preferência, não venham a executar-nos fiscalmente, agora com uma nova pressa e uma nova aceleração, porque agora estão aqui outros e as coisas já são diferentes», atirou ainda. «O FC Porto não está a cumprir com as suas obrigações. Isso foi explicado de forma clara pelo seu presidente. Portanto, onde antes éramos pujantes, afinal já não somos tão pujantes que estamos a dever dinheiro a todo o mundo. O que é facilmente claro pelo relatório e contas, através desses 500 milhões de passivos, dos quais a clientes, agentes, fornecedores, etc», prosseguiu. «Temos a obrigação e o sentido de cumprir com essas obrigações que devemos. Daí que é muito importante, quando a gente entre, repensar na reestruturação da dívida de futuro, a ter fluxos de caixa, criar valor, criar receitas. Agora, claro está que temos que nos sentar, provavelmente com um universo de gente, para lhes explicar que já estamos em atraso, neste prazo não vai dar, mas o prazo é este», concluiu.